Quando Portugal foi traído e escorraçado do Ultramar por sinistras forças internacionais, a Guiné tinha tudo o que era de materialmente necessário a uma vida digna e civilizada. Deixámos lá escolas, igrejas, hospitais, estradas, pontes, portos, etc. Mas mais do que meros objectos materiais, deixámos a Fé e a Civilização, que Portugal levou àquelas gentes de África, que até então viviam nas trevas da superstição e da ignorância.
Hoje, cinquenta anos depois da "descolonização exemplar", a Guiné é um Estado falhado e falido, mergulhado em intermináveis guerras e golpes de Estado, não tendo sequer luz eléctrica própria, regredindo a tempos pré-coloniais, estando totalmente dependente de um barco privado turco para fornecer electricidade à capital guineense. Eis os frutos das maçónicas revoluções, que quanto mais proclamam a libertação dos Povos, mais os agrilhoam na realidade.
Lembremos para o efeito as já aqui citadas palavras de José Acúrsio das Neves, dirigidas aos revolucionários liberais:
Pintáveis a nação reduzida à última miséria, para melhor a subjugardes com promessas de grandes felicidades. Ora comparai o estado em que ela se achava, quando fazíeis essas declamações, com aquele em que a deixastes, quando vo-la arrancaram das mãos, morrendo de fome, esgotadas todas as fontes de prosperidade, a dívida pública elevada ao duplo ou triplo, sem comércio, sem indústria, dividida em partidos, perdidas quase todas as possessões ultramarinas, oprimida, e praguejando-vos em altos gritos. Eis a vossa regeneração! Eis o fruto das vossas luzes do século: luzes do inferno, em que as fúrias acendem as suas tochas, para abrasarem o mundo!
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