A dialéctica como método de subversão revolucionária


A dialéctica hegeliana é o método filosófico revolucionário por excelência, segundo o qual a Verdade não é fixa e definida, mas em constante renovação e aperfeiçoamento, enquanto síntese de ideias contrárias.
Segundo o método dialéctico hegeliano a ideia/posição original é chamada de tese, à qual se contrapõe uma ideia/posição radical chamada de antítese. Como solução entre esses dois "extremos" procura-se um consenso, um meio-termo entre as duas posições opostas, que é chamada de síntese. Com o tempo esta síntese converte-se numa nova tese, a qual é confrontada com uma nova antítese, de onde surge uma nova síntese, etc. E assim, dialecticamente, de síntese em síntese, ou de consenso em consenso, vai avançando a Revolução ou subversão ideológica na Ordem moral, social, política e religiosa.
A Revolução, ou Reino Social do Anti-Cristo, tem-se desenvolvido gradualmente desde o Iluminismo nas inteligências e nas sociedades, demolindo e corrompendo, fazendo uso de processos dialécticos. Um exemplo clássico e bem evidente de subversão dialéctica foi a criação das chamadas Monarquias constitucionais e parlamentares, como síntese entre Monarquia e República.

2 comentários:

Anónimo disse...

Monarquia só faz sentido se for "Monarquia Tradicional, Orgânica e Anti-parlamentar".

VERITATIS disse...

Anónimo,

Cuidado! Porque em reacção à falsa Monarquia Constitucional, surgiu outro erro que é uma síntese entre a Monarquia e a Monarquia Constitucional, à qual chamaram de "Monarquia Tradicional, Orgânica e Anti-Parlamentar". Esse erro foi criado pelos carlistas espanhóis, que, ao absorverem já certa propaganda liberal, tentaram um compromisso (síntese) entre o espantalho do "absolutismo" e o constitucionalismo. Infelizmente esse erro foi trazido para Portugal pelo triste António Sardinha e é uma erva daninha que o Diabo insiste em semear entre os espíritos mais bem-intencionados.