A dialéctica como método de subversão revolucionária


A dialéctica hegeliana é o método filosófico revolucionário por excelência, segundo o qual a Verdade não é fixa e definida, mas em constante renovação e aperfeiçoamento, enquanto síntese de ideias contrárias.
Segundo o método dialéctico hegeliano a ideia/posição original é chamada de tese, à qual se contrapõe uma ideia/posição radical chamada de antítese. Como solução entre esses dois "extremos" procura-se um consenso, um meio-termo entre as duas posições opostas, que é chamada de síntese. Com o tempo esta síntese converte-se numa nova tese, a qual é confrontada com uma nova antítese, de onde surge uma nova síntese, etc. E assim, dialecticamente, de síntese em síntese, ou de consenso em consenso, vai avançando a Revolução ou subversão ideológica na Ordem moral, social, política e religiosa.
A Revolução, ou Reino Social do Anti-Cristo, tem-se desenvolvido gradualmente desde o Iluminismo nas inteligências e nas sociedades, demolindo e corrompendo, fazendo uso de processos dialécticos. Um exemplo clássico e bem evidente de subversão dialéctica foi a criação das chamadas Monarquias constitucionais e parlamentares, como síntese entre Monarquia e República.

4 comentários:

Anónimo disse...

Monarquia só faz sentido se for "Monarquia Tradicional, Orgânica e Anti-parlamentar".

VERITATIS disse...

Anónimo,

Cuidado! Porque em reacção à falsa Monarquia Constitucional, surgiu outro erro que é uma síntese entre a Monarquia e a Monarquia Constitucional, à qual chamaram de "Monarquia Tradicional, Orgânica e Anti-Parlamentar". Esse erro foi criado pelos carlistas espanhóis, que, ao absorverem já certa propaganda liberal, tentaram um compromisso (síntese) entre o espantalho do "absolutismo" e o constitucionalismo. Infelizmente esse erro foi trazido para Portugal pelo triste António Sardinha e é uma erva daninha que o Diabo insiste em semear entre os espíritos mais bem-intencionados.

Monárquico disse...

Veritatis,
Seria capaz de me dar um exemplo de alguém que, no tempo de António Sardinha, defendia a correcta 'versão' de monarquia portuguesa? Ou então, definir os termos em que deve ser entendida essa monarquia?
Muito obrigado

VERITATIS disse...

Suponho que o Monárquico seja um leitor recente desta casa, pois há 10 anos que temos vindo a desenvolver trabalho em defesa da Tradição Lusa, refutando os erros de António Sardinha (importados de Espanha).

Em Portugal temos bons exemplos de verdadeiros defensores da Tradição monárquica portuguesa contra os erros liberais: Frei Fortunato de São Boaventura e Padre José Agostinho de Macedo são os nomes de maior importância. Mas também poderia referir Alfredo Pimenta, que foi contemporâneo e conhecido de Sardinha, e que melhor do que este soube defender a autêntica Monarquia Portuguesa.