Mário Soares, figura maior do regime demo-republicano restaurado a 25 de Abril de 1974, sempre recusou referir o Estado Novo como "II República", precisamente por este não comungar dos valores republicanos: democracia, parlamento, sufrágio universal, soberania popular, partidos políticos, laicismo. Por isso é que, quando confrontado com a acusação de ter pisado a bandeira verde-rubra, em Londres, em 1973, Mário Soares afirmou: «nunca iria pisar a bandeira da República, que nunca foi a bandeira do salazarismo» (Mário Soares: Ditadura e Revolução, 1996).
De resto, relembro os textos já aqui publicados:
– Salazar e a Monarquia (2016)
– O Estado Novo não era republicano (2018)
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